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    O MEC (Ministério da Educação) estuda autorizar profissionais que tenham 
    formação universitária em qualquer área a exercer a profissão de jornalista. 
    O ministro Fernando Haddad (Educação) também quer discutir as diretrizes dos 
    cursos oferecidos na área que passarão por uma supervisão, a exemplo do que 
    ocorreu com direito, medicina e pedagogia. Ainda neste mês, o ministro disse 
    que vai constituir um grupo de trabalho para apresentar, em 90 dias, uma 
    proposta nesse sentido. "A comissão fará uma análise das diretrizes 
    curriculares do jornalismo e, sobretudo, das perspectivas de graduados em 
    outras áreas, mediante formação complementar, poderem fazer jus ao diploma." 
     
    Ele disse à Folha que seu objetivo não é entrar na discussão travada no STF 
    (Supremo Tribunal Federal)   | 
 
     
    e no Ministério do Trabalho sobre a obrigatoriedade do diploma, mas tratar 
    da formação do jornalista. Do ponto de vista prático, se o STF -que deve 
    julgar ação neste semestre- entender que o diploma de jornalista é 
    obrigatório, a discussão se tornará inócua.  
  
     
    "No mundo inteiro as pessoas se formam nessa área, mesmo onde não há 
    obrigatoriedade. Sou favorável à boa formação. Não discuto a questão do 
    exercício profissional." Para um profissional formado em outra área ser 
    habilitado ao diploma de jornalista, ele precisaria cursar disciplinas 
    essenciais para a formação na área, como técnica de reportagem, ética e 
    redação, disse ele. 
     
    Para Max Monjardim, chefe da comunicação    | 
 
     
    do Trabalho, a discussão poderia se dar no grupo que discute a 
    regulamentação da profissão, do qual participa: "Seria bom se o ministro 
    indicasse algum representante da Educação para participar do grupo que já 
    está funcionando [no Trabalho]". O presidente da Fenaj (Federação Nacional 
    dos Jornalistas), Sérgio Murillo de Andrade, considerou a proposta de Haddad 
    "inoportuna". Ele também participa do grupo criado pelo Trabalho. "É uma 
    proposta feita por alguém que está distante da realidade da profissão." A 
    ANJ (Associação Nacional de Jornais) disse que não comentaria a idéia por 
    ser só uma proposta e porque o assunto está sob o exame do STF. No Supremo, 
    o relator é Gilmar Mendes, que já autorizou profissionais da área a se 
    registrarem sem possuir o diploma. (Folha de S.Paulo)   | 
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